sexta-feira, 4 de maio de 2012

Congressos e Custos



No próximo mês de junho, haverá o Congresso Brasileiro de Arquivologia. Organizado pela AAB.

O que posso reparar é, não no programa do congresso, na organização e nas formas de contatos, tudo parece na mais perfeita ordem. O que chama nossa atenção é o custo efetivo do congresso.

 Se vc é sócio (que custa tem um custo anual) terá de arcar com R$ 250,00 (sendo estudante, o menos custo) e se ainda quiser fazer seminários ainda terá de adicionar mais custos para cada um.

 Onde vamos parar? Os Arquivistas da AAB acham que estudantes tem essa grana disponível ? Fazemos estágio sim, mas muitas vezes essa grana fica revertida a financiar as passagens para a própria faculdade, ficam nos livros, nos lanches, nas xérox e outros custos adicionais.
 Creio que na maioria das vezes os congressos possuem mais de 50% dos participantes de estudantes, mas neste custo efetivo alto, não posso afirmar que isso será concretizado.

  Acho que o custo de estudante deveria ser menor, ou ainda isento se o aluno é cotista, deveriam ter formas de solicitar isenções ou benefícios maiores a alguns associados e estudantes. não seria interessante uma politica de filiação em massa? Algo como primeira anuidade gratuita para estudantes da rede pública (faculdade públicas), se o estudante achar vantajoso continuar sócio, tenho certeza que irá fazer o possível para continuar na associação, se ele efetivamente receber convites, contatos, cursos e seminários-gratuitos para associados, talvez quem sabe ter uma revista interna para publicações de associados, de tiragem limitada onde cada um teria direito a um exemplar (pode ser tiragem pequena 2 no por ano...)

Acho que seria viável termos algumas modificações, afinal, congresso vazio é conhecimento não difundido, o que justamente não faz parte do objetivos da arquivistica, que é difundir as informações para que se obtenha conhecimento e creio que é justamente este o foco dos congressos, inserir o arquivista e o estudante de arquivologia no mundo das discussões acadêmicas e tornar este participativo da construção de uma Arquivistica Brasileira de qualidade !


terça-feira, 1 de maio de 2012

Mudança de suporte, é o destino?


 Uma das discussões mais abrangentes e atuais da arquivologia gira em torno das mudanças de suporte. Diversos autores internacionais e nacionais ainda não estão certos de como fazer ou mesmo se é vantajoso realizar uma grande mudança nos suportes dos documentos de arquivo.
  Há os que apoiam a mudança para dar acessibilidade de forma mais ampla, permitindo assim um acesso remoto aos documentos sem a necessidade de manusear o documento de forma física. Este procedimento permitiria em principio uma melhor forma de preservar os documentos uma vez que estes estariam guardados e acondicionados em ambientes ideais e assim teriam uma vida mais longa.
  há os que ainda estão relutantes quanto aos custos (de capital e humano) do procedimento de digitalização e mudança dos suportes. Isso se reflete na evolução constante dos modelos digitais, que cada vez mais tendem a ter tamanho (virtuais) menores e com isso existirá uma mudança nos programas de leitura e uma defasagem rápida da forma de leitura digital. Além disso ainda é muito incipiente a questão da segurança em meio digital, e segurança ainda é uma questão a se discutir quando temos arquivos sigilosos nos fundos documentais.
 Defendo uma opinião adversa a ambas, pois creio que o suporte original é importante de ser preservado e mesmo que haja evolução das mudanças digitais, creio ser importante dar acessibilidade de forma remota aos documentos, ou seja, acessar remotamente um documento que tenha uma qualidade não perfeita, mas que de para identificar se este realmente interessa ao usuário, assim este se veria na obrigação de ir ao local (já munido das codificações dos documentos) para então ter o acesso ao documento (preferencialmente o original, mas em alguns casos uma cópia digital de maior qualidade). Assim estaríamos dando um acesso remoto mas de forma parcial, pois no acesso pela internet não daria para saber quem e quantas vezes o documento foi acessado e para que finalidade, e estas informações são cruciais para a gestão interna do arquivo.

 então pergunto: é mais interessante digitalizar os documentos de forma ampla (em qualidade final excelente) dando acesso remoto total ou digitalizar apenas em modo razoável de visualização para depois dar o acesso total ou ainda não digitalizar e apenas conservar no suporte atual?